ARQUIDIOCESE DE
FORTALEZA
COMISSÃO
ARQUIDIOCESANA DE LITURGIA
RESTAURADO POR
DECRETO DO CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II,
PROMULGADO PELA
AUTORIDADE DE PAULO VI
INSTRUÇÃO GERAL
SOBRE O MISSAL ROMANO
MATERIAL PARA
ESTUDO (2018)
Orientador: Pe.
Francisco Ivan de Souza
PROÊMIO
1. Quando
Cristo Senhor estava para celebrar com os discípulos a ceia pascal, na qual
instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue, mandou preparar uma grande sala mobilada
(Lc 22, 12). A Igreja sempre se sentiu comprometida por este mandato e por isso
foi estabelecendo normas para a celebração da santíssima Eucaristia, no que se
refere às disposições da alma, aos lugares, aos ritos, aos textos. As normas
recentemente promulgadas por vontade expressa do Concílio Vaticano II e o novo
Missal que, de futuro, vai ser usado no rito romano para a celebração da Missa,
constituem mais uma prova da solicitude da Igreja, da sua fé e do seu amor
inquebrantável para com o sublime mistério eucarístico, da sua tradição
contínua e coerente, apesar de certas inovações que foram introduzidas.
CAPITULO
II: ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES
I.
ESTRUTURA GERAL DA MISSA
27.
Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a
presidência do sacerdote que atua na pessoa de Cristo, para celebrar o memorial
do Senhor ou sacrifício eucarístico. A esta assembleia local da santa Igreja se
aplica eminentemente a promessa de Cristo: “Onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt 18, 20). Com efeito, na
celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz, Cristo está
realmente presente: na própria assembleia congregada em seu nome, na pessoa do
ministro, na sua palavra e, ainda de uma forma substancial e permanente, sob as
espécies eucarísticas.
28. A Missa consta, por assim dizer, de duas
partes, a saber, a liturgia da palavra e a liturgia eucarística, tão
intimamente unidas entre si, que constituem um só ato de culto40. De fato, na
Missa se prepara tanto a mesa da Palavra de Deus como a do Corpo de Cristo,
para ensinar e alimentar os fiéis41. Há também alguns ritos que abrem e
encerram a celebração.
Outras fórmulas que ocorrem na celebração
34. Sendo a celebração da Missa, por sua
natureza, de índole “comunitária”45, assumem grande importância os diálogos
entre o sacerdote e os fiéis reunidos, bem como as aclamações46, pois não
constituem apenas sinais externos da celebração comum, mas promovem e realizam
a comunhão entre o sacerdote e o povo.
35. As aclamações e respostas dos fiéis às
orações e saudações do sacerdote constituem o grau de participação ativa que os
fiéis congregados, em qualquer forma de Missa, devem realizar, para que se
promova e exprima claramente a ação de toda a comunidade47.
36. Outras partes, muito úteis para
manifestar e fomentar a participação ativa dos fiéis e que competem a toda a
assembleia convocada, são principalmente o ato penitencial, a profissão de fé,
a oração universal e a oração do Senhor.
37. Por
fim, dentre as outras fórmulas:
a) algumas constituem um rito ou ato
independente, como o hino do Glória, o salmo responsorial, o Aleluia e o
versículo antes do Evangelho, o Sanctus, a aclamação da anamnese e o canto
depois da Comunhão;
b) algumas, porém, acompanham um rito, tais
como o canto da entrada, das oferendas, da fração (Agnus Dei) e da Comunhão.
Maneiras de proferir os diversos textos
38. Nos textos que o sacerdote, o diácono, o leitor
ou toda a assembleia devem proferir em voz alta e distinta, a voz corresponda
ao gênero do próprio texto, conforme se trate de leitura, oração, exortação,
aclamação ou canto; como também à forma de celebração e à solenidade da assembleia.
Além disso, levem-se em conta a índole das diversas línguas e o gênio dos
povos.
Nas rubricas, portanto, e nas normas que se
seguem, as palavras “dizer” ou “proferir” devem aplicar-se tanto ao canto como
à recitação, observados os princípios acima propostos.
Importância do canto
39. O Apóstolo aconselha os fiéis, que se
reúnem em assembleia para aguardar a vinda do Senhor, a cantarem juntos salmos,
hinos e cânticos espirituais (cf. Cl 3, 16), pois o canto constitui um sinal de
alegria do coração (cf. At 2, 46). Por isso, dizia com razão Santo Agostinho:
“Cantar é próprio de quem ama”48, e há um provérbio antigo que afirma: “Quem
canta bem, reza duas vezes”.
40. Portanto, dê-se grande valor ao uso do
canto na celebração da Missa, tendo em vista a índole dos povos e as
possibilidades de cada assembleia litúrgica. Ainda que não seja necessário
cantar sempre todos os textos de per si destinados ao canto, por exemplo nas
Missas dos dias de semana, deve-se zelar para que não falte o canto dos
ministros e do povo nas celebrações dos domingos e festas de preceito.
Na escolha das partes que de fato são
cantadas, deve-se dar preferência às mais importantes e sobretudo àquelas que o
sacerdote, o diácono, o leitor cantam com respostas do povo; ou então àquelas
que o sacerdote e o povo devem proferir simultaneamente (49).
O silêncio
45. Oportunamente, como parte da celebração
deve-se observar o silêncio sagrado (54). A sua natureza depende do momento em
que ocorre em cada celebração. Assim, no ato penitencial e após o convite à
oração, cada fiel se recolhe; após uma leitura ou a homilia, meditam brevemente
o que ouviram; após a comunhão, enfim, louvam e rezam a Deus no íntimo do
coração.
Convém que já antes da própria celebração se
conserve o silêncio na igreja, na sacristia, na secretaria e mesmo nos lugares mais próximos, para que todos
se disponham devota e devidamente para realizarem os sagrados mistérios.
III. AS PARTES DA MISSA
A) RITOS INICIAIS
47. Reunido o povo, enquanto o sacerdote
entra com o diácono e os ministros, começa o canto da entrada. A finalidade
desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir no
mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote
e dos ministros.
48. O canto é executado alternadamente pelo
grupo de cantores e pelo povo, ou pelo cantor e pelo povo, ou só pelo grupo de
cantores. Pode-se usar a antífona com seu salmo, do Gradual romano ou do
Gradual simples, ou então outro canto condizente com a ação sagrada55 e com a
índole do dia ou do tempo, cujo texto tenha sido aprovado pela Conferência dos
Bispos.
Ato penitencial
51.
Em seguida, o sacerdote convida para o ato penitencial, que após breve pausa de
silêncio, é realizado por toda a assembleia através de uma fórmula de confissão
geral, e concluído pela absolvição do sacerdote, absolvição que, contudo, não
possui a eficácia do sacramento da penitência.
Aos
domingos, particularmente, no tempo pascal, em lugar do ato penitencial de
costume, pode-se fazer, por vezes, a bênção e aspersão da água em recordação do
batismo56.
Senhor, tende
piedade
52.
Depois do ato penitencial inicia-se sempre o Senhor, tende piedade, a não ser
que já tenha sido rezado no próprio ato penitencial. Tratando-se de um canto em
que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é executado
normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de cantores ou o
cantor.
Via
de regra, cada aclamação é repetida duas vezes, não se excluindo, porém, um
número maior de repetições por causa da índole das diversas línguas, da música
ou das circunstâncias. Quando o Senhor é cantado como parte do ato penitencial,
antepõe-se a cada aclamação uma “invocação” (“tropo”).
Glória a Deus
nas alturas
53.
O Glória, é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no
Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste
hino não pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou, se for o
caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a assembleia, ou
pelo povo que o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de
cantores. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois
coros dialogando entre si.
É
cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas
solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes.
LITURGIA DA
PALAVRA
55.
A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da
Sagrada Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída
pela homilia, a profissão de fé e a oração universal ou dos fiéis. Pois nas
leituras explanadas pela homilia Deus fala ao seu povo58, revela o mistério da
redenção e da salvação, e oferece alimento espiritual; e o próprio Cristo, por
sua palavra, se acha presente no meio dos fiéis59. Pelo silêncio e pelos cantos
o povo se apropria dessa palavra de Deus e a ela adere pela profissão de fé;
alimentado por essa palavra, reza na oração universal pelas necessidades de
toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro.
O silêncio
56.
A liturgia da palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a meditação;
por isso deve ser de todo evitada qualquer pressa que impeça o recolhimento.
Integram-na também breves momentos de silêncio, de acordo com a assembleia
reunida, pelos quais, sob a ação do Espírito Santo, se acolhe no coração a
Palavra de Deus e se prepara a resposta pela oração. Convém que tais momentos
de silêncio sejam observados, por exemplo, antes de se iniciar a própria
liturgia da palavra, após a primeira e a segunda leitura, como também após o
término da homilia60.
Leituras
bíblicas
57.
Mediante as leituras é preparada para os fiéis a mesa da palavra de Deus e
abrem-se para eles os tesouros da Bíblia61. Por isso, é melhor conservar a
disposição das leituras bíblicas pela qual se manifesta a unidade dos dois
Testamentos e da história da salvação; nem é permitido trocar as leituras e o
salmo responsorial, constituídos da palavra de Deus, por outros textos não
bíblicos62.
58.
Na celebração da Missa com povo, as leituras são sempre proferidas do ambão.
59.
Por tradição, o ofício de proferir as leituras não é função presidencial, mas
ministerial. As leituras sejam, pois, proclamadas pelo leitor, o Evangelho seja
anunciado pelo diácono ou, na sua ausência, por outro sacerdote. Na falta,
porém, do diácono ou de outro sacerdote, o próprio sacerdote celebrante leia o
Evangelho; igualmente, na falta de outro leitor idôneo, o sacerdote celebrante
proferirá também as demais leituras.
Depois
de cada leitura, quem a leu profere a aclamação; por sua resposta, o povo
reunido presta honra à palavra de Deus, acolhida com fé e de ânimo agradecido.
60.
A leitura do Evangelho constitui o ponto alto da liturgia da palavra. A própria
Liturgia ensina que se lhe deve manifestar a maior veneração, uma vez que a
cerca mais do que as outras, de honra especial, tanto por parte do ministro
delegado para anunciá-la, que se prepara pela bênção ou oração; como por parte
dos fiéis que pelas aclamações reconhecem e professam que o Cristo está
presente e lhes fala, e que ouvem de pé a leitura; ou ainda pelos sinais de
veneração prestados ao Evangeliário.
Salmo responsorial
61.
À primeira leitura segue-se o salmo responsorial, que é parte integrante da
liturgia da palavra, oferecendo uma grande importância litúrgica e pastoral,
por favorecer a meditação da palavra de Deus.
O
Salmo responsorial deve responder a cada leitura e normalmente será tomado do
lecionário.
De
preferência, o salmo responsorial será cantado, ao menos no que se refere ao
refrão do povo. Assim, o salmista ou cantor do salmo, do ambão ou outro lugar
adequado profere os versículos do salmo, enquanto toda a assembleia escuta
sentada, geralmente participando pelo refrão, a não ser que o salmo seja
proferido de modo contínuo, isto é, sem refrão. Mas, para que o povo possa mais
facilmente recitar o refrão salmódico, foram escolhidos alguns textos de refrãos
e de salmos para os diversos tempos do ano e as várias categorias de Santos,
que poderão ser empregados em lugar do texto correspondente à leitura, sempre
que o salmo é cantado. Se o salmo não puder ser cantado, seja recitado do modo
mais apto para favorecer a meditação da palavra de Deus.
Em
lugar do salmo proposto no lecionário pode-se cantar também um responsório
gradual do Gradual romano ou um salmo responsorial ou aleluiático do Gradual
Simples, como se encontram nesses livros.
Aclamação antes
da proclamação do Evangelho
62.
Após a leitura que antecede imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia ou
outro canto estabelecido pelas rubricas, conforme exigir o tempo litúrgico. Tal
aclamação constitui um rito ou ação por si mesma, através do qual a assembleia
dos fiéis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e professa
sua fé pelo canto. É cantado por todos, de pé, primeiramente pelo grupo de
cantores ou cantor, sendo repetido, se for o caso; o versículo, porém, é
cantado pelo grupo de cantores ou cantor.
63. O Aleluia é cantado em todo, exceto na
Quaresma. O versículo é tomado do lecionário ou do Gradual.
No
tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho
proposto no lecionário. Pode-se cantar também um segundo salmo ou trato, como
se encontra no Gradual.
64.
A sequência que, exceto nos dias da Páscoa e de Pentecostes, é facultativa, é
cantada antes do Aleluia.
Profissão
de fé
Quando
cantado, é entoado pelo sacerdote ou, se for oportuno, pelo cantor ou pelo
grupo de cantores; é cantado por todo o povo junto, ou pelo povo alternando com
o grupo de cantores.
Se
não for cantado, será recitado por todos juntos, ou por dois coros alternando
entre si.
Preparação dos
dons
74.
O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas (cf. n. 37, b) e se
prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As
normas relativas ao modo de cantar são as mesmas que para o canto da entrada
(cf. n. 48). O canto pode sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem
a procissão dos dons.
Oração
eucarística
79.
Podem distinguir-se do seguinte modo os principais elementos que compõem a
Oração eucarística:
a)
Ação de graças (expressa principalmente no Prefácio) em que o sacerdote, em
nome de todo o povo santo, glorifica a Deus e lhe rende graças por toda a obra
da salvação ou por um dos seus aspectos, de acordo com o dia, a festividade ou
o tempo.
b)
A aclamação pela qual toda a assembleia, unindo-se aos espíritos celestes canta
o Santo. Esta aclamação, parte da própria Oração eucarística, é proferida por
todo o povo com o sacerdote.
h)
A doxologia final que exprime a glorificação de Deus, e é confirmada e
concluída pela aclamação Amém do povo.
Ritos da Comunhão
80.
Sendo a celebração eucarística a ceia pascal, convém que, segundo a ordem do
Senhor, o seu Corpo e Sangue sejam recebidos como alimento espiritual pelos
fiéis devidamente preparados. Esta é a finalidade da fração do pão e os outros
ritos preparatórios, pelos quais os fiéis são imediatamente encaminhados à
Comunhão.
Rito da paz
82.
Segue-se o rito da paz no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma
e para toda a família humana e os fiéis se exprimem a comunhão eclesial e a
mútua caridade, antes de comungar do Sacramento.
Quanto
ao próprio sinal de transmissão da paz, seja estabelecido pelas Conferências
dos Bispos, de acordo com a índole e os costumes dos povos, o modo de
realizá-lo*.
Convém,
no entanto, que cada qual expresse a paz de maneira sóbria apenas aos que lhe
estão mais próximos.
Comunhão
86.
Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, entoa-se o canto da comunhão que
exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra
a alegria dos corações e realça mais a índole “comunitária” da procissão para
receber a Eucaristia. O canto prolonga-se enquanto se ministra a Comunhão aos
fiéis74. Havendo, porém, um hino após a Comunhão, encerre-se em tempo o canto
da Comunhão.
Haja
o cuidado para que também os cantores possam comungar com facilidade.
87.
Para o canto da comunhão pode-se tomar a antífona do Gradual romano, com ou sem
o salmo, a antífona com o salmo do Gradual Simples ou outro canto adequado,
aprovado pela Conferência dos Bispos. O canto é executado só pelo grupo dos
cantores ou pelo grupo dos cantores ou cantor com o povo.
Não
havendo canto, a antífona proposta no Missal pode ser recitada pelos fiéis, por
alguns dentre eles ou pelo leitor, ou então pelo próprio sacerdote, depois de
ter comungado, antes de distribuir a Comunhão aos fiéis.
88.
Terminada a distribuição da Comunhão, ser for oportuno, o sacerdote e os fiéis
oram por algum tempo em silêncio. Se desejar, toda a assembleia pode entoar
ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino.
III. MINISTÉRIOS
PARTICULARES
99.
O leitor é instituído para proferir as leituras da sagrada Escritura, exceto o
Evangelho. Pode igualmente propor as intenções para a oração universal, e
faltando o salmista, proferir o salmo entre as leituras.
Na
celebração eucarística, o leitor tem uma função própria (cf. n. 194-198), que
ele mesmo deve exercer.
102.
Compete ao salmista proclamar o salmo ou outro cântico bíblico colocado entre
as leituras. Para bem exercer a sua função é necessário que o salmista saiba salmodiar
e tenha boa pronúncia e dicção.
103.
Entre os fiéis, exerce sua função litúrgica o grupo dos cantores ou coral.
Cabe-lhe executar as partes que lhe são próprias, conforme os diversos gêneros
de cantos, e promover a ativa participação dos fiéis no canto87. O que se diz
do grupo de cantores vale também, com as devidas ressalvas, para os outros
músicos, sobretudo para o organista.
104.
Convém que haja um cantor ou regente de coro para dirigir e sustentar o canto
do povo. Mesmo não havendo um grupo de cantores, compete ao cantor dirigir os
diversos cantos, com a devida participação do povo (88).
CAPÍTULO VII – A
ESCOLHA DA MISSA E DE SUAS PARTES
352.
Por conseguinte, na organização da Missa, o sacerdote levará mais em conta o
bem espiritual de toda a assembleia do que o seu próprio gosto. Lembre-se ainda
de que a escolha das diversas partes deve ser feita em comum acordo com os que
exercem alguma função especial na celebração, sem excluir absolutamente os
fiéis naquilo que se refere a eles de modo mais direto.
Sendo
muito grande a possibilidade de escolha para as diversas partes da Missa, é
necessário que antes da celebração, o diácono, os leitores, o salmista, o
cantor, o comentarista, o grupo dos cantores, saibam exatamente cada um quais
os textos que lhes competem, para que nada se faça de improviso, pois a
harmoniosa organização e execução dos ritos muito contribuem para dispor os
fiéis à participação da Eucaristia.
Cantos
366.
Não é lícito substituir os cantos colocados no Ordinário da Missa, por exemplo,
o Cordeiro de Deus, por outros cantos.
CAPÍTULO IX –
ADAPTAÇÕES QUE COMPETEM AOS BISPOS E ÀS SUAS CONFERÊNCIAS
386.
A renovação do Missal Romano, realizada segundo as exigências do nosso tempo,
de acordo com as normas do Concílio Vaticano II, teve o máximo cuidado para que
todos os fiéis pudessem garantir, na celebração eucarística, aquela plena,
consciente e ativa participação que a própria natureza da Liturgia exige e à
qual os próprios fiéis, por força de sua condição, têm direito e obrigação147.
Para
que a celebração corresponda mais plenamente às normas e ao espírito da sagrada
Liturgia, propõem-se nesta Instrução e no Ordinário da Missa algumas
adaptações, confiadas ao critério do Bispo diocesano ou às Conferências dos
Bispos.
398.
A norma estabelecida pelo Concílio Vaticano II, segundo a qual as inovações na
reforma litúrgica não se façam a não ser que a verdadeira e certa utilidade da
Igreja o exija e tomando a devida cautela de que as novas formas de um certo
modo brotem como que organicamente daquelas que já existiam (161), também devem
aplicar-se à inculturação do próprio Rito Romano (162). Além disso, a
inculturação necessita de um tempo prolongado para que, na precipitação e
imprudência, não se prejudique a autêntica tradição litúrgica.
Finalmente,
a busca da inculturação não leva, de modo algum, à criação de novas famílias
rituais, mas ao tentar dar resposta às necessidades de determinada cultura o
faz de tal modo que as adaptações introduzidas no Missal ou nos outros livros
litúrgicos não prejudiquem o caráter proporcionado, típico do Rito romano163.
399.
Assim pois, o Missal Romano, ainda que na diversidade de línguas e em certa
variedade de costumes164, para o futuro, deverá ser conservado como instrumento
e sinal preclaro da integridade e unidade do Rito romano (165).
Fonte: Instrução Geral
sobre o Missal Romano - 3ª Edição - Paulinas -
São Paulo – Comentários: José
Aldazábal Larrañaga. Titulo original da
Obra – Ordenación General del Misal Romano
- Centro de Pastoral Litúrgica – Barcelona - 2005
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