Letra: Conferência Episcopal / CNBB
Mensageiros de Deus, desçam cantando;
Façam soar trombetas fulgurantes,
A vitória de um Rei anunciando
2. Alegre-se também a terra amiga
Que em meio a tantas luzes resplandece;
E vendo dissipar-se a treva antiga,
Ao sol do eterno rei brilha e se aquece.
3. Que a mãe Igreja alegre-se igualmente,
Erguendo as velas deste fogo novo,
E escute, reboando de repente,
O Aleluia cantado pelo povo
(4. E vós, que estais aqui, irmãos queridos,
Em torno desta chama reluzente,
Erguei os corações, e assim unidos
Invoquemos a Deus onipotente.)
(5. Ele, que por seus dons nada reclama,
Quis que entre os seus levitas me encontrasse:
Para cantar a glória desta chama,
De sua luz um raio me traspasse!)
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Corações ao alto.
℟. O nosso coração está em Deus.
℣. Demos graças ao Senhor nosso Deus.
℟. É nosso dever e nossa salvação.
6. Sim, verdadeiramente é bom e justo
Cantar ao Pai de todo o coração,
E celebrar seu Filho Jesus Cristo
Tornado para nós um novo Adão.
℟. Ó noite de alegria verdadeira,
Que une de novo ao céu a terra inteira (Bis)
7. Foi ele quem pagou do outro a culpa,
Quando por nós à morte se entregou:
Para apagar o antigo documento
Na cruz todo o seu sangue derramou.
8. Pois eis agora a Páscoa, nossa festa,
Em que o real Cordeiro se imolou:
Marcando nossas portas, nossas almas,
Com seu divino sangue nos salvou.
9. Esta é, Senhor, a noite em que o Egito
Retirastes os filhos de Israel,
Transpondo o mar Vermelho a pé enxuto,
Rumo à terra onde correm leite e mel.
10. Ó noite em que a coluna luminosa
As trevas do pecado dissipou,
E aos que creem no Cristo em toda a terra
Em novo povo eleito congregou!
11. Ó noite em que Jesus rompeu o inferno,
Ao ressurgir da morte vencedor:
De que nos valeria ter nascido,
Se não nos resgatasse em seu amor?
12. Ó Deus, quão estupenda caridade
Vemos no vosso gesto fulgurar:
Não hesitais em dar o próprio Filho,
Para a culpa dos servos resgatar.
13. Ó pecado de Adão indispensável,
Pois Cristo o dissolve em seu amor;
Ó culpa tão feliz que há merecido
A graça de um tão grande Redentor!
(14. Só tu, noite feliz, soubeste a hora
Em que o Cristo da morte ressurgia;
E é por isso que de ti foi escrito:
A noite será luz para o meu dia!)
15. Pois esta noite lava todo o crime,
Liberta o pecador dos seus grilhões;
Dissipa o ódio e dobra os poderosos,
Enche de luz e paz os corações.
16. Ó noite de alegria verdadeira,
Que prostra o Faraó e ergue os hebreus,
Que une de novo ao céu a terra inteira
Pondo na treva humana a luz de Deus.
17. Na graça desta noite o vosso povo
Acende um sacrifício de louvor;
Acolhei, ó Pai Santo, o fogo novo:
Não perde, ao dividir-se, o seu fulgor.
18. Cera virgem de abelha generosa
Ao Cristo ressurgido trouxe a luz:
Eis de novo a coluna luminosa,
Que o vosso povo para o céu conduz.
19. O círio que acendeu as nossas velas
Possa esta noite toda fulgurar;
Misture sua luz à das estrelas,
Cintile quando o dia despontar.
20. Que ele possa agradar-vos como o Filho,
Que triunfou da morte e vence o mal:
Deus, que a todos acende no seu brilho,
E um dia voltará, sol triunfal.
℟. Amém.
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